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sábado, 4 de outubro de 2008

Breve descrição e análise da disputa pela Prefeitura e pela Câmara de Itaperuna nessas eleições 2008.

Excertos de minha participação na Comunidade “Eleições Itaperuna 2008” no Orkut.

"A Escolha é irmã gêmea do Destino" - Dos candidatos a Prefeito

Minha preocupação com uma eventual eleição do Claudão é que, além de ele não ter energia física para um mandato - é o que parece -, quando foi prefeito teve a sorte de governar sob a égide do início da vigência da nova Constituição (1988) que permitiu, naquele momento, grande arrecadação fiscal pelas prefeituras através de renúncia fiscal (se não me engano) de Estados e da Federação. Não creio que nosso "Claudão" tenha paciência para lidar com a Lei de Responsabilidade Fiscal que, se não engessa um pouco as administrações, deixa administradores "obreiros" bastante frustrados.

Romualdo, com quem já tive a oportunidade de conversar me deixou a impressão de um cidadão com idéias modernas de administração e vontade de pô-las em prática. Entretanto, não me pareceu conhecer quase nada de administração pública e de ter, até mesmo, pensamento equivocado acerca da condução da máquina municipal. Tenho, ainda, o testemunho de minha irmã e meus sobrinhos que foram lesados pelo "banco" de sua antiga imobiliária.

Quanto a Elias Daruís, confesso saber quase nada a não ser que tenha cumprido bem seu papel como secretário de saúde.

Como vêem, preciso urgentemente de mais subsídios para fazer a melhor escolha.

Eu preciso ouvir os candidatos para escolher. Infelizmente não tenho disponibilidade para participar dos comícios que este ano, certamente, terão mais conteúdo e menos circo. Os programas radiofônicos e a propaganda volante realmente não são suficientes para nos ajudar a escolher o melhor candidato. Aliás, às vezes atrapalham, pois ali é o marketing que escolhe por nós. Gosto de ouvir o candidato "olho no olho". Claro que já tenho alguns requisitos pré-escolha como:
a história de vida;
o serviço à comunidade;
a ficha limpa;
a preocupação com educação e saúde, principalmente;
os companheiros de chapa;
os partidos e candidatos a vereador que apóiam;
o grupo político;
a lucidez das idéias etc.

Eu estou nessa comunidade porque acho que ela poderá me ajudar a fazer a melhor escolha. Não quero dar passinho, andar em círculo, ter uma abelha morando no meu ouvido, ou ter que escutar meu celular tocando Pour Elise por 4 anos. Não tenho pré-conceitos e nem me presto a ser claque de ninguém. Gosto de discutir idéias e falar com pessoas, mas não gosto muito de falar das pessoas, sobretudo fazer acusações ou defesas que não possa sustentar com provas ou testemunhos.

Espero que este grupo tenha muitas pessoas na mesma situação que eu. E que, haja aqui gente ética que goste de discutir em alto nível os problemas da nossa cidade.

José Egydio - Uma personagem polêmica fora e dentro da campanha política de Itaperuna

Na verdade, José Egydio é diletante. Faz as coisas só por curtição, zuação. Ele não precisa, não depende da política itaperunense pra nada.

A Mídia e a Campanha - Sobre a entrevista na InterTV

Por que o candidato CLAUDÃO não participou da série de entrevistas na InterTV? Alguém aí sabe informar o que aconteceu?

Se eu fosse da coordenação de campanha do Claudão, também aconselharia a não ida dele à entrevista. Tardim (o entrevistador) - que é itaperunense; estudou em nossas escolas; tem grande competência e conhece Itaperuna - coloca sempre os candidatos na berlinda (aliás, esse é o seu papel). Mas, se essa é a melhor decisão na condução de uma campanha como a do 45, ela tem também um custo: ter que explicar à opinião pública a omissão. Nesse ponto e em todos os outros, meus amigos, acho que os marqueteiros deveriam falar a verdade. Qual o pecado em dizer que o nosso Claudão não tem condições de enfrentar uma entrevista adversa ou uma viagem a Campos? Elias e Dr. Romualdo não foram brilhantes em suas respostas e também enfrentam esse questionamento dos eleitores que assistiram às entrevistas e daqueles que tiveram notícias dela, mas eles apostaram na ida à TV. Toda atitude dos candidatos traz ora ônus, ora bônus e ora as duas coisas.

Apoio do PRESIDENTE - As duas candidaturas que polarizaram tentam convencer o eleitor de que têm o apoio de LULA.

Bem, gente, duvido muito que o Presidente Lula saiba do que acontece em Itaperuna. Nosso país tem mais de 5 mil municípios. E mesmo que um ministro ou um assessor tenha falado alguma coisa a respeito de nós, o presidente não tem como nos colocar em sua agenda de preocupações. O que ocorre é que Lula se tornou um fenômeno de popularidade e, nestas eleições, todo marqueteiro quer colar em seu candidato a imagem do Lula, o apoio do Lula, o beneplácito do Lula. Às vezes isso fica legal; outras, causa espécie ver gente que sempre criticou o presidente - mesmo depois de ele ter sido eleito e reeleito - usando seu prestígio junto aos eleitores. Esse é o caso em questão. Nenhum dos três postulantes a prefeito de Itaperuna já votou em Lula uma vez sequer na vida (acredito!). Mas isso também não é pecado. Pois ninguém é obrigado a ter apoiado Lula desde 1989 como é o meu caso, que votei nele em todas as suas candidaturas à presidência. O que importa, daqui pra frente, é a capacidade de articular apoio dos governos estadual e federal para gerir as políticas públicas em nossa cidade. Nesse ponto, torço para que - qualquer um que vença essa eleição - tenha gente capaz de fazer essa ponte com o presidente. Então, trazer para os palanques nomes ligados ao presidente é legal para nossa cidade.
Mesmo sem ter podido comparecer aos comícios, tenho notícias de que tanto Claudão quanto Elias Daruís têm feito esse dever de casa. Conheço nomes como o de Godofredo Pinto, de Luciano D'Angelo e de Júlio Bersot (particular amigo). Por isso, acredito que, seja quem for o próximo prefeito, estaremos bem. Pelo menos quanto a isso.

A disputa por uma vaga na Câmara - Da conjuntura do Poder Legislativo.

É claro que os atuais vereadores têm mais chances de se reelegerem que os novatos.

01 - Luiz Roberto da Silva - PP
02 - Bolivar Sanches – PMDB
03 - Carlos Alintor Bandoli Boechat - PSDB
04 - Dalvi Macedo - PFL
05 - Emanuel Medeiros da Silva – PP
06 - João Batista da Silva – PSDB
07 - João Cunha Neto – PP
08 - José Geraldo Esposti – PMDB
09 - Luiz Fernando N. da Gama Gouveia - PMDB
10 - Samuelson Tinoco de Oliveira – PFL

Também eleitos na última eleição: Alexandre da auto-escola e Dilsão (ex-secretários).

Por isso acho que a lista acima não sofre grandes mudanças. Entretanto, isso depende muito das coligações proporcionais que foram feitas. Neste sentido, nomes nem tanto conhecidos como: Tim Dentista, Flávio Lemos, Adeilson, Elias Machado (já teve mandato), Nelma Lemos, Zampier (ex-vereador), Moreira estão no páreo, não acham?!

Aliás, acabo de ouvir um “analista” político de nossa cidade dizer que a renovação da Câmara poderá ser de 50%.

Mais ética e menos ceticismo - Do nível da discussão na Comunidade do Orkut.

Ainda bem que a maioria de nossos políticos não pensam na coisa pública como alguns nesse fórum. Ao contrário, vêem política com grandeza.
Desculpem o desabafo; mas, convenhamos! Aqui há quem acredite que qualquer dos três candidatos a prefeito ou quaisquer dos mais de cem candidatos a vereador desejam o mal para a nossa cidade? Ora, minha gente, todos querem fazer o bem. A diferença maior talvez seja na metodologia e na perspectiva de melhores resultados, isto é, no planejamento das políticas públicas.
Então, é uma grande bobagem ficarmos "metendo o pau" neste ou naquele. São todos cidadãos itaperunenses, que desejam chegar à prefeitura para implementar suas idéias de como melhorar a vida de todos nós.
O trabalho nosso é escolher o melhor ou o mais viável dentre ele, certo?!

Encerramento da Participação - De quando as coisas esquentaram na Comunidade e preferi me retirar.

Esta é a palavra: "Diferenças políticas têm que ser respeitadas". Quem não puder agir assim deveria estar afastado do convívio social.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Eleições, Celulares e Celeumas

A escolha é a alma gêmea do destino.
Sarah Ban Breathnach

Há 20 anos, ninguém esperava por um telefone celular. No máximo, algumas pessoas desejavam um telefone sem fio. A indústria providenciara uns aparelhinhos que nos permitiam andar livremente pela casa - às vezes, até pelo quintal - sem o incômodo cordão espiralado a estorvar-nos a liberdade. Para atender a demanda comercial, a ciência procurava miniaturizar o rádio a fim de que se tornasse um telefone de caráter móvel.

De Hertz (1888) aos Laboratórios Bell (1947), a telefonia móvel não passava de rádio-transmissões. Em 1973, a Motorola lança o primeiro telefone celular com 25 x 7 cm pesando 1 quilo (um tijolão!). Na década de 1980, japoneses e suecos completaram a obra iniciando o processo de digitalização. No Brasil de 1990, a Telerj lança, na cidade maravilhosa, o nosso primeiro celular. Aí não parou mais. Segundo a Anatel, em julho deste ano, chegamos a 135.330.980 assinantes do Serviço Móvel Pessoal, com um incremento de 24,17% nos últimos 12 meses, muito além do crescimento do país. Pelo que se vê, o celular - agora com status de substantivo da língua portuguesa - transformou-se no produto mais vendável (e por certo, rentável) deste milênio.

Quando da transição de Telerj para Telemar, pelos idos de 1997, trabalhava como consultor - vendedor, pra ser mais preciso - da empresa. Uma de nossas tarefas era fuçar nichos de mercado para vender telefonia móvel. Lembro-me de que ficávamos elucubrando sobre que tipo de profissional desejaria adquirir um telefone celular. Hoje - claro que o celular é muito mais coisas do que um telefone móvel - não procuraríamos clientes somente entre profissionais disso ou daquilo, mas entre todos os humanos de todas as idades, de todos os credos e de todas as classes sociais.

A celularmania tem tomado proporções tão impressionantes que pipocam nos estados, e até em municípios, leis que visam coibir seu uso em determinados espaços como nas escolas e presídios, por exemplo. Alguns líderes religiosos têm pregado severamente e lançado pragas e castigos contra sua presença em templos e afins. Os órgãos de patrulhamento do trânsito fazem lembrar que o artigo 252 do CTB proíbe a condução de veículo com apenas uma das mãos ao volante. Então, falar ao celular enquanto dirige pode custar, além da multa, a perda de 4 pontos na carteira. Já há até mesmo diagnóstico sem prognóstico da Nomofobia - medo de ficar incontactável através do telemóvel. Segundo pesquisa, entre os britânicos, 53% dos usuários de celular sofrem deste tipo de fobia.

Precisamos nos lembrar de que somos uma sociedade de classes e, é claro, o modelo de celular que se usa é sim uma demonstração de pertencimento a uma casta. Mas esse é um detalhe de menor visibilidade. À distância todos os aparelhos parecem iguais. O status agora está em você ser um “recebedor” ou um “ligador”. Quanto a isso, já se inventou toque de chamada a cobrar que responde com um hit debochado: “um pobre ligando pra mim”. E os “recebedores” ganharam a alcunha de celular “pai-de-santo”. Para roubarem um celular, os bandidos primeiro perguntam à vítima se o aparelho é pré ou pós-pago, e também se “tira foto”. É um perigo não ter a maquininha adequada, pode-se ofender o marginal e as conseqüências serem desastrosas.

Adotei o mote de um amigo que diz ser o celular uma “coleira eletrônica”; não uso. Estou pensando mesmo em fundar o MSCdeC: Movimento dos sem celular de consentidos. Quero lutar pelo direito de não ter um número de celular. De não ser encontrado e incomodado em qualquer lugar e a qualquer hora pelo toque nervoso de uma chamada telefônica; de não ser interrompido; de não atrapalhar o sermão do pregador ou a aula do professor; de não estragar a ereção; de não guiar um veículo perigosamente; de não contrair mais uma doença; de não permitir que a indústria da telefonia crie em mim uma necessidade onerosa. Além disso, nosso movimento irá orientar certos usuários - segundo diz minha mãe, “não têm um pinto pra morrer de gogo” - que não se precisa de um celular, esse caça-níquel, para se ter uma vida melhor; ao contrário.

Não estou querendo criar celeuma ou fazer tempestade em copo d’água; mas, convenhamos, há pessoas que nos incomodam quando falam ao celular. Não é só pela altura da voz. É por atenderem mesmo, ainda que peçam licença aos presentes. Se se deslocarem buscando discrição fica pior.

É inegável a utilidade de um celular, mas usá-lo mal não é nada chique. Agora mesmo, o TSE lançou mais um filmete da campanha Vota Brasil. O celular do protagonista (João Paulo) atende com a música Pour Élise - com todo respeito ao grande Beethoven, mas essa peça é muito usada em secretárias eletrônicas, atendimento de 0800 etc. e por isso virou sinônimo de espera monótona - e toda vez ele se emociona e chora ao lembrar que há quatro anos comprou aquele celular. A agência de publicidade constrói a metáfora da aquisição de celular como uma ESCOLHA: o voto pra vereador dado na última eleição. O texto em off encerra dizendo que “Quatro anos é muito tempo. Principalmente quando as coisas não vão bem. Por isso pense bastante antes de escolher o vereador da sua cidade. É ele quem vai fazer as leis e fiscalizar o prefeito nos próximos quatro anos.” Espero que você não escolha o seu vereador como se compra um celular. Ou teremos de ouvir por muito tempo essa musiquinha chaaaaaaaata.

Artigo publicado na Revista Estilo OFF em setembro/2008.


quinta-feira, 28 de agosto de 2008

VOTA BRASIL

Achei de muito bom gosto, criativa e bastante objetiva a Campanha do TSE para chamar a atenção dos eleitores em relação às conseqüências do seu voto nas eleições municipais.
Inclusive, estou trabalhando todos os textos com meus alunos de 1ª série do Ensino Médio a fim de que eles discorram sobre as metáforas do VOTO.
Como exemplo dos filmentes, posto aqui um dos mais recentes:

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

MUTATIS MUTANDIS

Eu presto atenção no que eles dizem
Mas eles não dizem nada
Humberto Gessinger

Dizem que o quadro para o pleito eleitoral em Itaperuna está definido. Há até mesmo quem antecipe resultados. Mas, convenhamos, não parece que a campanha política começou. Claro é que a justiça eleitoral (Resolução nº 22.718 do TSE) deu uma, digamos, engessada nos partidos e candidatos fazendo valer novas regras. A confecção (parágrafo único art. 15) e a distribuição de material de campanha (§ 4º art.12); os outdoor (art.17); a participação da imprensa (§ 3º art.20); o uso da internet (art.18); os comícios (§ 3º art. 12) tudo ficou mais contido - pelo menos por enquanto e onde os TREs conseguirem fiscalizar. De toda sorte, ainda que as placas - fatalmente serão fixadas nas residências particulares - não possam ter mais de 4m2 (um exagero de poluente visual) e a intolerante poluição sonora (propaganda volante) continue sendo permitida, teremos eleições mais limpas (!); melhor dizendo, menos sujas.
Quando disse que a campanha parece não ter começado ainda, refiro-me ao interesse das pessoas pelo destino da cidade, pela consecução das políticas públicas, pela questão da ética e da moralidade administrativas e legislativas. Mas esse é apenas um ponto de vista. Não se pode descartar a possibilidade de um amadurecimento da escolha popular, isto é, por moto próprio o povo achou de não dispensar tanto tempo nessa discussão, de não gastar 4 meses para escolher os gestores do seu município. Também não estamos livres de uma onda de desinteresse. Aliás, é o que mais tenho testemunhado por esses tempos: pessoas que dizem não estarem nem aí; pois, repetem elas, “não faz diferença”, “todos são iguais”, “nada irá mudar”, “é tudo ladrão” etc. Compreendo-as, a despeito de não fazer coro com esse desânimo pessimista. Não creio que alguém possa evitar a Política. Prefiro achar que não precisamos mesmo de tanto tempo para escolher nossos representantes municipais, que já é hora de diminuir esse recesso e que o Marketing, esse filho meio prostituto da ciência, seja limitado.
O desenrolar desta campanha irá pôr luz a esses questionamentos. Que a fala dos aspirantes seja capaz de atrair - como no tempo em que eu era criança - as multidões (não estou falando de claque) aos comícios sem artistas. Espero, sinceramente, por isso. Acho mesmo que toda gente deveria escolher seus candidatos mais por ouvi-los que por lê-los ou por deles terem notícias. Não importa se fizeram no passado ou se farão no futuro, importa se têm energia, se têm competência e talento para fazerem aqui e agora.
Dizer que o quadro está definido soa prematuro. Essa campanha poderá nos reservar surpresas ainda maiores. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) está divulgando lista de candidatos que respondem a processos criminais e eleitorais; por enquanto aos cargos de prefeito e vice-prefeitos das capitais; mas, brevemente, também de vereadores nas cidades menores.
De qualquer forma, sem querer pautar o discurso dos candidatos, acredito que Itaperuna merece uma agenda construída com base na realidade. Aqui quero destacar apenas dois pontos oriundos de dados oficiais das esferas federal e estadual recém-publicados:
Quanto ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - Ideb.
>A rede municipal de ensino apresentou números razoáveis que podem ser melhorados. Nas séries iniciais avançamos de 4,6 para 5,0; entretanto, regredimos de 4,5 para 4,3 nas finais. Nosso entendimento é que o maior esforço - leia-se investimento - deve estar concentrado na educação infantil, como já vem sendo feito.
Ao tal do ICMS verde.
>Não fizemos nosso dever de casa. Com uma área de 1.103,5 Km2 ficamos com apenas 1,964834 no índice final de conservação ambiental. Para entender o que significa isto basta saber que Cachoeiras de Macacu (1º lugar) ficou com 5,171205 e vai ganhar, no ano que vem, perto de R$ 2 milhões para gastar como quiser (também quem quiser faça aí uma regrinha de 3 para o valor de Itaperuna). Traduzindo melhor o calhamaço de números e índices da Fundação CIDE, diremos que nosso município precisa melhorar sua rede de esgotos (único quesito em que pontuamos) e sair da estaca zero, implantando: tratamento do esgoto, áreas de conservação com cobertura vegetal, coleta seletiva e destinação final dos nossos 860 gramas diários, por habitante, de lixo deixado em vazadouros a céu aberto.
Fico pensando no discurso dos candidatos tanto a prefeito quanto a vereador; é um déjà vu: eles prometem tudo, especialmente o que não podem cumprir. Por isso se diz que elegeremos um prefeito de quem ficaremos por 4 anos falando mal. Eu ficaria mais satisfeito vendo esses moços e moças discutindo: as possibilidades da nossa cidade vir a ser um lugar melhor para se viver; um protocolo de incremento da Educação Básica de um município que parece só pensar em Educação Superior; como poderemos reverter o desmatamento e tornar isso uma oportunidade de desenvolvimento com geração sustentável de renda. Chega de ouvir anedotas da vida alheia, esse regalo gratuito, vamos apurar o ouvido. Eu presto atenção no que eles dizem. Espero que digam alguma coisa.


Publicado na revista Estilo OFF em agosto/2008