Prometi a mim mesmo que
não tocaria mais nesta matéria, mas o assunto não para de tocar em mim: chumbo
trocado não dói. Ainda há gente dizendo que “não vai ter copa”. Isso não pode
ser esperança; mas tolice ou fé demasiada no impossível, o que é a mesma coisa.
Ou nada disso! É prepotência! Tem gente que é tão senhora de si e de suas crendices
que se furta a acreditar na realidade, se essa não lhe tem a aprovação. Esse
tipo não desiste fácil. Fez o discurso coxinha nas oitavas, faz nas quartas e
será capaz de impavidamente gritá-lo enquanto corre a cerimônia de premiação e
encerramento da Copa das Copas da Fifa no Brasil. Pronto! Falei! A paciência
tem limite.
Há tanta coisa
acontecendo ao mesmo tempo no Brasil que nos deixa elétricos para acompanhar
minimamente e não correr o risco de se sentir desatualizado nas conversas.
Claro que os jogos do Mundial deixam nossa atenção um tanto congestionada. Às
vezes é preciso, ao final do dia, darmos um balanço para manter a atualidade.
Agora mesmo, estava estudando os resultados do Índice Firjan de Desenvolvimento
Municipal – IFDM - que é uma estatística que vem se aprimorando ano após ano e
ajuda muito a compreendermos se melhorias ocorridas no nosso município decorrem
das políticas específicas ou se ficamos melhor classificados porque outros
municípios pioraram. O Índice busca medir o desenvolvimento do município a
partir de três variáveis que são: Educação, Saúde, Emprego e Renda.
Ainda há gente que pensa
como o pessoal do “não vai ter copa”. Imagina que o Brasil cresce e então
distribui o crescimento com os estados e os municípios. Não é assim que a banda
toca. O país só se transforma se os MUNICÍPIOS se desenvolvem. Na verdade,
União e Estados são figuras jurídicas. A vida acontece mesmo é nos municípios.
Por isso observar o que se passa nos 5.565 entes municipais do país é
fundamental para se desenhar as políticas públicas e proporcionar a sonhada
equidade entre as regiões e o desenvolvimento sustentável do país como um todo.
É por isso que, antes de vaiar e de xingar (se não teve educação de berço) a
presidenta do Brasil, o indivíduo precisa pensar em quem ele votou para
prefeito e vereador. Mais do que isso: o que ele tem feito para melhorar sua
cidade. Se assim não for, o desorientado vai continuar errando o alvo.
Nesta 6ª, edição o IFDM
trouxe uma boa notícia para o Noroeste Fluminense: em Educação, 8 de nossos municípios estão entre os 10 melhores no ranking estadual. E não foi por que os
outros pioraram. O Estado do Rio de Janeiro vem apresentando bom desempenho na
Educação e em outros setores fundamentais para o desenvolvimento social.
POSIÇÃO DO MUNICÍPIO NO RANKING DO IFDM –
Educação
NACIONAL
|
ESTADUAL
|
EDUCAÇÃO
|
MUNICÍPIO
|
337º
|
1º
|
0.8940
|
Aperibé
|
425º
|
2º
|
0.8823
|
Santo Antônio de Pádua
|
561º
|
3º
|
0.8684
|
Bom Jesus do Itabapoana
|
647º
|
4º
|
0.8600
|
Itaperuna
|
667º
|
5º
|
0.8583
|
Italva
|
687º
|
6º
|
0.8567
|
Itaocara
|
850º
|
8º
|
0.8431
|
Miracema
|
851º
|
9º
|
0.8431
|
Natividade
|
1604º
|
30º
|
0.7864
|
Porciúncula
|
1671º
|
32º
|
0.7831
|
São José de Ubá
|
2948º
|
64º
|
0.7104
|
Varre Sai
|
2952º
|
65º
|
0.7100
|
Laje do Muriaé
|
FONTE:
Elaboração do autor com base nos dados disponíveis em: http://www.firjan.org.br/ifdm
Preciso lembrar a todos
que copilei apenas a variável Educação. Se tivermos o trabalhão de analisar o
IFDM consolidado vamos constatar,
por exemplo, que Pádua apresentou crescimento nos três indicadores. Por outro
lado, Itaperuna recuou um pouco em Emprego e Renda.
Quis trazer esta notícia
sobre a melhoria da Educação na nossa região porque se trata de uma referência
onde estão consignados os esforços da União, do estado e dos municípios, bem
como da iniciativa privada. Isto é emblemático, pois nenhum ente irá dar conta
sozinho de avançar mais na consolidação das políticas todas. É preciso um
esforço conjunto dos cidadãos que acreditam no direito de se manifestar sem
quebrar o bem público ou privado e mais ainda no decoro, na educação e na boa
criação.
Portanto, ficamos assim!
Tem Copa sim! Tem melhoria nos indicadores de Educação também; tem PNE; tem
mais de 100 mil jovens brasileiros com bolsa no Ciências sem Fronteira; tem 10%
do pré-sal na Educação; tem R$ 60 bilhões por ano em pesquisa científica; tem
PRONATEC; tem PROUNI; tem SISU; tem crescimento do IDEB ...e tem Conselhos
Populares. Os energúmenos que nem sabem por que vaiam e xingam guardem as
forças. As Olimpíadas vêm aí. Imagina!
Publicado na OFF - julho/2014