Começam em outubro e se estendem até novembro as grandes avaliações em Educação no Brasil. No final do mês, as escolas públicas da rede educacional do estado do Rio de Janeiro e as de 70% dos municípios farão o SAERJ. Avaliação censitária aplicada desde 2008, o SAERJ tira uma fotografia do desempenho dos alunos em Língua Portuguesa e em Matemática nas etapas de escolarização (5º e 9º anos do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio) da educação básica. A finalidade maior é monitorar a qualidade do ensino que está sendo ofertado às crianças, jovens e adultos sempre com o propósito de desenhar e/ou reformular políticas que garantam o direito à permanência na escola e à aprendizagem.
No final da mesma semana (24 e 25/10), 8,4 milhões de jovens e adultos farão o Exame Nacional de Ensino Médio, o ENEM. As provas buscam comprovar o domínio de competências e habilidades dos inscritos que concluem o ensino médio. Também servem para certificar os que não tendo concluído os estudos regularmente se inscrevem no exame em busca de pontuação necessária para ter direito ao Certificado de Conclusão do Ensino Médio. Além disso, através da nota do ENEM, os que pretendem entrar na educação superior podem se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para concorrer a vagas nas universidades. E ainda o exame é obrigatório para os que desejem bolsas restituíveis do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e concorrerem a uma vaga do programa de intercâmbio no exterior que é o Ciência sem Fronteiras.
Já no período de 3 a 13 de novembro é a vez do SAEB. O sistema tem 3 avaliações: a ANA - Avaliação Nacional da Alfabetização - que este ano não será realizada. A já conhecidíssima Prova Brasil feita por todos os estudantes do 5º e 9º anos das escolas das redes municipal, estadual e federal. O resultado da Prova Brasil é divulgado por escola. É isso que a torna tão popular. E a Aneb que é amostral dos alunos da rede pública e da privada nas turmas de 5º e 9º anos e também da 3ª série do ensino médio. Este exame tem por objetivo principal “avaliar a qualidade, a equidade e a eficiência da educação brasileira”. Os resultados da Aneb são estratificados por regiões geográficas e por unidades da federação e não por escolas. Em nossa microrregião, na versão de 2013, o C. E. Luiz Ferraz foi a escola amostral da Aneb. Seu resultado na prova foi estendido a todas as escolas da região Noroeste Fluminense como nota padronizada de 0 a 10. Esta nota é multiplicada pelo fluxo escolar (que vai de 0 a 1) do ensino médio de todas as demais escolas estaduais gerando o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o IDEB. Somente para se ter uma ideia do que seja fluxo é necessário saber que ele é composto das taxas de Aprovação, Reprovação e Abandono. Na prática, é um número que representa quanto tempo um aluno leva para cursar uma etapa de 3 anos, como é o caso do ensino médio. Quanto maior a quantidade de alunos que gastam mais do que o tempo necessário para “se formar”, pior será o fluxo de uma escola e, portanto, menor será sua nota do IDEB.
Todos que se interessam por Educação encontram-se em momento de grande expectativa, pois os educadores trabalham para melhorar os resultados de seus alunos. E as avaliações, de certa forma, testarão isso. Para que cada educador não se desiluda, lembro que é preciso encarar de frente e com coragem os resultados. Li esses dias sobre uma fórmula risonha e séria: F= R – E. Em que “F” é a FELICIDADE; “R” os RESULTADOS; e “E” as EXPECTATIVAS. Costumo brincar dizendo que há muita felicidade em ser educador, sobretudo quando colaboramos para atingir os objetivos e metas das escolas. Entretanto, não se é docente para ser feliz. Porque se sente feliz é que se escolhe ser professor.
Publicado na OFF - outubro/2015
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