Nunca me ocorrera trocar de nome e nem virar
artista, pois essa parece uma circunstância em que as pessoas mudam seu nome de
batismo para adequá-lo às exigências da beleza, da sonoridade e de outras
conveniências que certas carreiras profissionais parecem estabelecer. Acredito
que os pais e/ou parentes próximos ao escolherem o nome de um bebê, ainda
dentro da barriga da mãe, têm a intenção de homenagear alguém vivo ou morto, de
desejar as qualidades do homenageado para a criança ou simplesmente por achar o
substantivo bonito. Só por isso acho que todos devemos nos orgulhar do nome que
temos. Digo todos, desde que os progenitores não tenham exagerado no exotismo,
no modismo e no equívoco. Valha-nos, Deus! há alguns nomes que não combinam com
nada. E há pessoas que não atinam com o nome que têm.
Veja o caso de “Marco”: significa uma presença, um
ponto de convergência, algo forte. E “Feliciano”! Não acho que seja um nome que
digamos: nossa, como é chique! Entretanto, lembra felicidade, coisa bonita,
alegria. Mas tudo isso passa muito longe da figura do presidente da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal. O cara é preconceituoso,
racista, xeno-homofóbico, gosta de passar a perna nos fiéis e na receita
federal, e ainda é tinhoso e teimoso feito uma mula – com todo o respeito aos
muares. O cara em questão tem mais cara de sobrenome como “Goebbells” ou
“Hitler”. Claro que o nome não determina o que uma pessoa irá ser, mas ele
acaba servindo de referência adjetiva, e isso, às vezes, se universaliza.
Alguns mais do que outros. Agora me ocorre, por exemplo, “Alice”. Não é doce?!
Soa como música aos nossos ouvidos. Veja “Maria”: é suave e forte ao mesmo
tempo; tem jeito de primícias. “Teresa” parece pronta para uma guerra justa; se
for de Calcutá então, um primor de determinação. “José” eu gosto muito, ainda
mais quando iluminado por “Luiz”, é sempiterno, gostoso de falar. Se equilíbrio
tivesse nome próprio seria “Claudete”; vejam o “u” no meio à guisa de ponteiro
que pode funcionar como um aríete. “Marcelo” me soa sideral, de outro planeta,
sonhador e ao mesmo tempo insistente e teimoso com seus empreendimentos.
No caso papal não é muito diferente. Aliás, quando
o cardeal diácono anunciou o Habemus
Papam falando urbe et orbe tinha
muita gente conversando à volta da tevê e não ouvi o restante – o que não fazia
diferença, pois não falo latim. À primeira vista o novo pontífice me lembrou
Paulo VI. Mas para surpresa geral, estávamos diante de Francisco. Certamente o
cardeal Bergoglio não daria continuidade ao pontificado demissionário escolhendo
ser “Bento XVII”. Precisava se fazer inovador. Talvez tenha pensado em “João
Paulo III”, mas hoje em dia esses nomes compostos estão saindo da moda. Seguir
a João XXIII nem pensar. Escolheu Francisco, simplesmente. Eu gostei! Agora o
povo tem um apelido íntimo na ponta da língua: papa Chico – primeiro e único.
Olhando com mais atenção o sumo cardeal, começo a
perceber que ele tem cara de Francisco mesmo. É sereno e risonho. Parece
bondoso e calmo. É hermano! E, tem uma qualidade indispensável para este século
XXI: é ecológico, é sustentável.
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Vejo com tristeza a
paralização do governo municipal. As alvíssaras de janeiro viraram pessimismo
em abril. O erro de Alfredão, a meu ver, é insistir numa administração
excessivamente politizada, que acredita na união de dois inimigos históricos: o
governador Cabral e o deputado federal Garotinho. E nessa malfadada experiência
quem sofre é a população de Itaperuna. Há renúncias que nos pegam de surpresa.
Outras que desejamos que aconteçam. Ainda, as anunciadas. E as lamentáveis.
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