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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Diga-me o teu nome e direi quem tu és!



Nunca me ocorrera trocar de nome e nem virar artista, pois essa parece uma circunstância em que as pessoas mudam seu nome de batismo para adequá-lo às exigências da beleza, da sonoridade e de outras conveniências que certas carreiras profissionais parecem estabelecer. Acredito que os pais e/ou parentes próximos ao escolherem o nome de um bebê, ainda dentro da barriga da mãe, têm a intenção de homenagear alguém vivo ou morto, de desejar as qualidades do homenageado para a criança ou simplesmente por achar o substantivo bonito. Só por isso acho que todos devemos nos orgulhar do nome que temos. Digo todos, desde que os progenitores não tenham exagerado no exotismo, no modismo e no equívoco. Valha-nos, Deus! há alguns nomes que não combinam com nada. E há pessoas que não atinam com o nome que têm.
Veja o caso de “Marco”: significa uma presença, um ponto de convergência, algo forte. E “Feliciano”! Não acho que seja um nome que digamos: nossa, como é chique! Entretanto, lembra felicidade, coisa bonita, alegria. Mas tudo isso passa muito longe da figura do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal. O cara é preconceituoso, racista, xeno-homofóbico, gosta de passar a perna nos fiéis e na receita federal, e ainda é tinhoso e teimoso feito uma mula – com todo o respeito aos muares. O cara em questão tem mais cara de sobrenome como “Goebbells” ou “Hitler”. Claro que o nome não determina o que uma pessoa irá ser, mas ele acaba servindo de referência adjetiva, e isso, às vezes, se universaliza. Alguns mais do que outros. Agora me ocorre, por exemplo, “Alice”. Não é doce?! Soa como música aos nossos ouvidos. Veja “Maria”: é suave e forte ao mesmo tempo; tem jeito de primícias. “Teresa” parece pronta para uma guerra justa; se for de Calcutá então, um primor de determinação. “José” eu gosto muito, ainda mais quando iluminado por “Luiz”, é sempiterno, gostoso de falar. Se equilíbrio tivesse nome próprio seria “Claudete”; vejam o “u” no meio à guisa de ponteiro que pode funcionar como um aríete. “Marcelo” me soa sideral, de outro planeta, sonhador e ao mesmo tempo insistente e teimoso com seus empreendimentos.
No caso papal não é muito diferente. Aliás, quando o cardeal diácono anunciou o Habemus Papam falando urbe et orbe tinha muita gente conversando à volta da tevê e não ouvi o restante – o que não fazia diferença, pois não falo latim. À primeira vista o novo pontífice me lembrou Paulo VI. Mas para surpresa geral, estávamos diante de Francisco. Certamente o cardeal Bergoglio não daria continuidade ao pontificado demissionário escolhendo ser “Bento XVII”. Precisava se fazer inovador. Talvez tenha pensado em “João Paulo III”, mas hoje em dia esses nomes compostos estão saindo da moda. Seguir a João XXIII nem pensar. Escolheu Francisco, simplesmente. Eu gostei! Agora o povo tem um apelido íntimo na ponta da língua: papa Chico – primeiro e único.
Olhando com mais atenção o sumo cardeal, começo a perceber que ele tem cara de Francisco mesmo. É sereno e risonho. Parece bondoso e calmo. É hermano! E, tem uma qualidade indispensável para este século XXI: é ecológico, é sustentável. 

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Vejo com tristeza a paralização do governo municipal. As alvíssaras de janeiro viraram pessimismo em abril. O erro de Alfredão, a meu ver, é insistir numa administração excessivamente politizada, que acredita na união de dois inimigos históricos: o governador Cabral e o deputado federal Garotinho. E nessa malfadada experiência quem sofre é a população de Itaperuna. Há renúncias que nos pegam de surpresa. Outras que desejamos que aconteçam. Ainda, as anunciadas. E as lamentáveis.
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                                                                                                  Publicado na ESTILO OFF/abril de 2013

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