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terça-feira, 8 de julho de 2014

Imagina nas quartas de final, nas semifinais, na grande final

Prometi a mim mesmo que não tocaria mais nesta matéria, mas o assunto não para de tocar em mim: chumbo trocado não dói. Ainda há gente dizendo que “não vai ter copa”. Isso não pode ser esperança; mas tolice ou fé demasiada no impossível, o que é a mesma coisa. Ou nada disso! É prepotência! Tem gente que é tão senhora de si e de suas crendices que se furta a acreditar na realidade, se essa não lhe tem a aprovação. Esse tipo não desiste fácil. Fez o discurso coxinha nas oitavas, faz nas quartas e será capaz de impavidamente gritá-lo enquanto corre a cerimônia de premiação e encerramento da Copa das Copas da Fifa no Brasil. Pronto! Falei! A paciência tem limite.
Há tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo no Brasil que nos deixa elétricos para acompanhar minimamente e não correr o risco de se sentir desatualizado nas conversas. Claro que os jogos do Mundial deixam nossa atenção um tanto congestionada. Às vezes é preciso, ao final do dia, darmos um balanço para manter a atualidade. Agora mesmo, estava estudando os resultados do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal – IFDM - que é uma estatística que vem se aprimorando ano após ano e ajuda muito a compreendermos se melhorias ocorridas no nosso município decorrem das políticas específicas ou se ficamos melhor classificados porque outros municípios pioraram. O Índice busca medir o desenvolvimento do município a partir de três variáveis que são: Educação, Saúde, Emprego e Renda.
Ainda há gente que pensa como o pessoal do “não vai ter copa”. Imagina que o Brasil cresce e então distribui o crescimento com os estados e os municípios. Não é assim que a banda toca. O país só se transforma se os MUNICÍPIOS se desenvolvem. Na verdade, União e Estados são figuras jurídicas. A vida acontece mesmo é nos municípios. Por isso observar o que se passa nos 5.565 entes municipais do país é fundamental para se desenhar as políticas públicas e proporcionar a sonhada equidade entre as regiões e o desenvolvimento sustentável do país como um todo. É por isso que, antes de vaiar e de xingar (se não teve educação de berço) a presidenta do Brasil, o indivíduo precisa pensar em quem ele votou para prefeito e vereador. Mais do que isso: o que ele tem feito para melhorar sua cidade. Se assim não for, o desorientado vai continuar errando o alvo.
Nesta 6ª, edição o IFDM trouxe uma boa notícia para o Noroeste Fluminense: em Educação, 8 de nossos municípios estão entre os 10 melhores no ranking estadual. E não foi por que os outros pioraram. O Estado do Rio de Janeiro vem apresentando bom desempenho na Educação e em outros setores fundamentais para o desenvolvimento social.
POSIÇÃO DO MUNICÍPIO NO RANKING DO IFDM – Educação
NACIONAL
ESTADUAL
EDUCAÇÃO
MUNICÍPIO
337º
0.8940
Aperibé
425º
0.8823
Santo Antônio de Pádua
561º
0.8684
Bom Jesus do Itabapoana
647º
0.8600
Itaperuna
667º
0.8583
Italva
687º
0.8567
Itaocara
850º
0.8431
Miracema
851º
0.8431
Natividade
1604º
30º
0.7864
Porciúncula
1671º
32º
0.7831
São José de Ubá
2948º
64º
0.7104
Varre Sai
2952º
65º
0.7100
Laje do Muriaé
FONTE: Elaboração do autor com base nos dados disponíveis em: http://www.firjan.org.br/ifdm

Preciso lembrar a todos que copilei apenas a variável Educação. Se tivermos o trabalhão de analisar o IFDM consolidado vamos constatar, por exemplo, que Pádua apresentou crescimento nos três indicadores. Por outro lado, Itaperuna recuou um pouco em Emprego e Renda.
Quis trazer esta notícia sobre a melhoria da Educação na nossa região porque se trata de uma referência onde estão consignados os esforços da União, do estado e dos municípios, bem como da iniciativa privada. Isto é emblemático, pois nenhum ente irá dar conta sozinho de avançar mais na consolidação das políticas todas. É preciso um esforço conjunto dos cidadãos que acreditam no direito de se manifestar sem quebrar o bem público ou privado e mais ainda no decoro, na educação e na boa criação.

Portanto, ficamos assim! Tem Copa sim! Tem melhoria nos indicadores de Educação também; tem PNE; tem mais de 100 mil jovens brasileiros com bolsa no Ciências sem Fronteira; tem 10% do pré-sal na Educação; tem R$ 60 bilhões por ano em pesquisa científica; tem PRONATEC; tem PROUNI; tem SISU; tem crescimento do IDEB ...e tem Conselhos Populares. Os energúmenos que nem sabem por que vaiam e xingam guardem as forças. As Olimpíadas vêm aí. Imagina!

 Publicado na OFF - julho/2014